14/03
Vou mandar um freestyle (igual aquele que li dele no final do ano, dei risada, me vi naquilo, achei fofo tudo ao mesmo tempinho. Foda).
Fiquei a semana inteira subindo as paredes, contando os dias esperando ele ir embora pra te ligar. Foda.
Fiquei o mês inteiro te observando, curtindo todas as coisas que me fazem suspirar em você. Cada mensagem um suspiro. Uma risadinha boba, uma viradinha de olho. Delícia demais esse sentimento.
Fiquei anos esperando te ver de novo, esperando qualquer sentimento estranho ir embora, esperando uma abertura da sua parte. Eu não sabia o que eu queria, mas eu nunca fui de ignorar um sentimento que não sai da minha cabeça. Na primeira abertura, abracei. Mandei a letra, esperei a reação. Aberto. Caraca, nem imaginava. E aí, tomamo uma pra colocar o papo em dia ou quê? Fiquei com medo. Com medo do que eu poderia sentir, do que eu poderia colocar em jogo por aquele papo. Tentei ignorar, esquecer, me chamou de novo. Então, vamos quando? Claro que a gente vai... não consegui me enganar nem por um segundo dizendo que isso não ia acontecer, pelo bem dos dois. Não posso nem dizer que tentei.
Sonhei com você duas, três, às vezes até quatro vezes nesses últimos tempos. Comentei desses sonhos até pro meu namorado. Ele ouviu, não ouviu muito, mas concordou com a cabeça - foda hein, deixa essa história pra lá. Melhor pra ele, melhor pra ela, melhor pra gente. Minhas amigas me aconselharam a te deixar em paz. Deixa pra lá Cheel. Logo eu? Eu que sempre quero saber que sentimento é esse que mora aqui dentro. Nunca fui muito boa em deixar pra lá sentimentos fortes. Mas eu tentei, juro que tentei. Pelo menos por um tempo... Que mentira.
Senti vontade de escrever sobre você pra ver se entendo alguma coisa dessas coisas todas que tão passando por todos esses lugares aqui dentro. Escrever sobre alguém pra mim é importante. Ou nem é. As vezes hoje é, amanhã não. Num sei. Só sei que, você longe te quero perto. Você perto, te quero longe. Mas não muito. Só um pouquinho, só pra manter um espaço em que eu possa seguir sonhando. (até parei aqui um pouquinho e fui procurar o número da minha psicóloga. Já faz tempo. Preciso descobrir o que ando pensando. Ou sonhando, nesse caso).
E falando em sonho, eu sonhei bastante com você. No concreto e no abstrato. Ainda sonho. Em absolutas todas as vezes, eu fico mexida. Acordo pensativa, tentando lembrar do seu rosto, da sua voz na vida real. Fico escutando seus áudios milhões de vezes só pra te ouvir. De boba memo. Você bota fé? Então por que o mundo real me entedia tanto? - pausa para a vitória do tempo: há 05 anos, aquele mesmo ambiente me deixou em pânico. Ontem, eu só vi que, realmente, talvez não seja pra mim. Pra mim de hoje. De agora. Nem sei.
Viver o dia a dia natural com você me lembram erros do passado. Eu sei disso. Me lembram espaços e histórias que eu já vivi, vi, venci, deixa pra lá. Já doeu muito e eu aprendi. Não quero errar de novo. Mas o que você tem a ver com os erros dos outros? Ainda não descobri.
Acho que eu esperava que, ao estar com você, eu estivesse com sua arte, com sua música. Esperava que, ao beijar você, eu beijasse sua música. Ao tocar você, eu tocasse sua música. Essa sua música gostosa, quase tão gostosinha quanto teu beijo macio. Ao entrar em você, esperei entrar na sua música, como uma trilha sonora pra todos aqueles meus sentimentos. Não é possível que alguém que faça uma música tão gostosa assim e não seja um gostoso. Te confundi com sua arte. Mirei nela e cheguei em você. Sinceramente, gostei também. Me confundi inteira.
Confundi tudo.
Pra piorar a confusão, você é um doce. Você me trata com carinho todas as vezes em que a gente se vê. É aquilo, a gente só oferece o que a gente tem. E, pelo jeito, você tem muita coisa boa aí dentro. Seu toque é macio, firme, tranquilo. Todo mundo que me conhece sabe como eu adoro uma pessoa de toque macio. Na minha memória, fica girando a primeira vez que você apertou meu joelho, naquele dia que a gente saiu. Antes de qualquer beijo, qualquer coisa. Só o toque. Senti o mundo parar por uns segundos. Aproveitei. Foda.
Eu tenho um fraco por caras doces. Acho uma das qualidades mais bonitas, mais corajosas, num homem criado no Brazilzão, latino-americano, criado pra ser xucro, estúpido, como forma máscula de existir. Admiro muito sua doçura. Mas acho perigoso. Muita abertura, muita coisa não quero que você se machuque. Não quero me machucar. Será que a gente consegue manter uma relação tranquila? Eu gosto tanto de você, tanta ideia massa, tanta sintonia. Não quero te deixar......................................... (long pause). Não quero abrir mão de você. Da sua risadinha bonita, seus zóin, meu Deus que papo de apaixonada da porra. Só que não tô apaixonada. Né? Não tô. Não posso estar. Ou tô? Ou só descobri meu limite? Puts. Cadê o número da minha psicóloga mesmo?
Abro e fecho seus stories só pra ouvir sua voz. Saca esse sentimento? É delícia, mas consome seu ser por completo. Mas eu adoro. Como agora, que eu tô no meio do trabalho, desconcentrada, pra escrever sobre você.
FODA.
Que porra...... é ....... esssssssta..........?
Quase que te mando uma mensagem agora mesmo pra gente aproveitar a promoção de segunda-feira daquele bar lá. Que merda.
E aí o que me resta é entrar no carro, botar seu som pra ouvir, e me perder, numa tentativa de te manter perto, mas longe ao mesmo tempo. Que merda e que delícia. Que difícil. Confuso. Mas bom. Foda.
02/04
Eu tô parada na frente desse computador tentando colocar em palavras as palavras que você não me disse aquele dia. Tão me faltando palavras mas olha o tanto que eu escrevi. Tá foda. Credo, que delícia. Nada do que eu escrevo passa exatamente o que eu tô sentindo. Nenhum meme que você me manda, nenhum sticker, nenhum "queria" pra segurar o "saudades". Não transcreve exatamente. A gente tenta. Eu deixo quieto uma metade de vezes que falaria com você. A gente até tenta descrever como é gostosin querer um ao outro, mas não dá. É muito. É forte. Eu sempre fui boa com palavras. Odeio quando me roubam dela. É o meu meio de expressão mais seguro. Cadê as palavras quando eu preciso delas?
A parte mais foda não é nem te querer. Eu amo te querer. Tô amando me descobrir capaz de querer mais de uma pessoa, de gostar, de cuidar, de ter carinho. Porque querer eu sempre quero muito e eu gosto de querer. Não é errado querer. Querer não me machuca. Querer é uma força (quase que) sexual, um ímpeto, uma ação, mas que também pode acabar ficando só no imaginário. E aí que tá a delícia. Sonhar. Imaginar. O que pega pra mim não é querer, mas saber que, um dia, esse querer vai pode deixar de ser direcionado pra você. Um dia, eu vou posso deixar esse livro pela metade. Eu vou posso ter que - ou querer - deixar de lê-lo. Olha eu fazendo previsões sem nenhuma certeza. Eu uso verbos como "saber" o que vai acontecer quase com uma arrogância que eu nunca deveria ter sobre nenhum assunto da vida. Até porque "o cambias, o todo se repite". Esse deixar de querer vai, mesmo, (deixar de) acontecer? Querer é tão gostoso. Eu queria te querer por muito tempo. Eu queria te querer do jeitinho que te quero hoje pra sempre. Eu queria que esse querer durasse o quanto eu quisesse. Querer é tão difícil. Eu nunca quero ninguém e ao mesmo tempo eu quero tanto tanta coisa. Mas não como quero você. Você, hoje, agora. Quanto tempo meu querer vai querer?
- Sobre os riscados: ler-se é também uma forma de terapia. É descobrir-se no que se disse com pressa, é revisitar ideias que já não são mais as mesmas. Entre lê-las e escrevê-las, o pensamento já caminhou, já mudou, os caminhos já são novos, e as perspectivas - agora ultrapassadas - já viraram novos pontos de vista.
...
Do último dia que te vi, nem lembro do que fiquei com mais ressaca. Do penúltimo, te sentir. Foi forte. Me sentir, aberta, mais do que gostaria deveria. Gostei de te observar. De medir suas expressões. De me derreter nelas, virar meus olhos relembrando. Relembrá-las, como se eu pudesse guardá-las num potinho com as expressões mais gostosas que eu já vi. Fico molhada só de lembrar desse dia. Gostei da sua risadinha gostosa. Eu não sou derretida assim. O que tá acontecendo?
Do último dia, eu me lembro de me sentir muito mais a vontade com você. De risada muito mais solta - mesmo que ainda não totalmente. De chegar um pouco mais próxima de me soltar... Lembro de ter me sentido a vontade na sua companhia. O sentimento contrário do qual me fez eu me afastar de você no passado. Dos beijos eu sempre me lembro, mas desse último dia eu lembro mais das risadas. Será que eu já sorria depois de beijar as pessoas antes de te conhecer? Eu nunca conheci ninguém que fazia isso também. Não aguentei e soltei a risada umas duas vezes. Pára de rir, a gente tá se beijando. Delícia. Um abraço que encaixa tanto que se precisa comentar: e essa conchinha, como que seria hein? Pois é... acho que a gente nunca fez esse teste né? Nem hoje, nem no passado. Mas eu ainda sorrio quando beijo as pessoas que eu gosto. Assim como eu ainda puxo a seda com a boca pra bolar. Tantas memórias suas que moram em mim e eu nem sabia que você caminhava comigo todo esse tempo.
Tem dias que nem as palavras conseguem salvar. O que é engraçado, porque você é o livro que eu mais gosto de ler atualmente. Tá me faltando repertório pra entender o que é que tá sendo escrito aí dentro. Você não é direto ao ponto e isso me deixa maluca. Você para, analisa, olha pra baixo, muda o olhar, muda a expressão, muda o caminho... E não transforma em palavra. Você se deixa, apenas, ser lido. Por quem se interesse. Sempre achei isso muito fino, a desnecessidade de falar e transparecer tudo que se pensa. Não sei nem se você percebeu que eu percebi que ali, naquela hora, você escreveu uma linha nova nesse seu livro que eu ando tentando devorar. O que é que você escreveu? Eu queria muito saber. Eu fiquei tentando decifrar aquele teu último olhar depois da pegação. Fiquei tentando agarrá-lo de novo com o olhar, sem sucesso.
... é mentira, eu sei muito bem o que você pensou naquele dia, naquela hora, naquela mudança de expressão. É uma balela sedutora dizer que eu não tenho ideia do que se passou ali. Sei muito bem e inclusive também pensei. Tá bem forte. Vai dar merda. Espera. Ou será que foi simplesmente uma cara de decepção porque eu não peguei no seu pau e eu aqui romantizando? Pensando bem.... pode bem ser exatamente isso.
Sabe o que eu gosto da gente? É que a gente veio do mesmo lugar. Das mesmas piadas, das mesmas expressões, referências. Me sinto quase em casa com você.
...
Não, isso não é verdade.
Não pode ser.
Nada a vê isso aí.
01/05
01 mês depois, caralho.
01 mês quase que não vejo esse arrombado.
"Não tem como ser só beijokinha e amasso sem maldade, sem sentimento, sem compromisso?"
- Não cheel, não dá. - Eu percebi.
No final, eu tô com raiva porque você gosta pra caralho de mim. Porque você tem sentimentos por mim. Que merda e que delícia. Que difícil.
Vou lembrar dessa fase com carinho. Durou pouco, você e a L. aqui grudados em mim. Fazendo com que eu sinta falta de estar sozinha (e em pânico só de imaginar isso). Minha marida e meu namorado. Já tô com saudade de sair correndo na quarta-feira. Chegar, ouvir a L., lavar o cabelo, passar maquiagem, ficar cheirosa... Entrar no C, ficava imaginando "o que será que os vizinhos pensam? Qual será a tour dessa tríade?"
Aprendi muito. Aprendi muito sobre música. Ou melhor, descobri várias. Comecei o caminho. Conheci um caminho. Algumas coisinhas, desmistificadas. Despacito, pouco a pouco. Você estava lá.
Aprendi a dichavar mais. Aprendi a me soltar na batida, no ritmo sem palavras como expressão. Apenas a dança. Apenas o som. Aprendi a ir sozinha pro rolê, solta apenas para sentir. Você me deu confiança. Você me deu palco. Você me deu espaço. Você me deu carinho, atenção, abraço. Você me fez sonhar. Você para mim é indecifrável, talvez porque eu não queira mesmo te decifrar - assim a imaginação terminaria. Já te disse: você perto, eu quero longe; você longe, eu quero perto. E como dói você longe. Assim acaba a possibilidade de sonhar. De descobrir o novo. A possibilidade de descobrir algo a mais. A expectativa constante do "há-de-vir" enfim... acaba. Difícil aceitar.
Na sexta-feira, a dor dilacerante de querer viver uma outra realidade: uma em que eu estaria sentindo sua pele quente na minha, de leve, bem macio. Dá até gatilho, não vou mentir. Adoro tentar diminuir a intensidade disso tudo dizendo que sou bonita demais pra passar por tudo isso. Como se eu te achasse feio, como se eu não te achasse uma delícia. Embora não faça sentido, o que é que faz sentido nesse mundo doido, largado, caótico... que é puro sentir, e nada mais. Aiiiiiiiiiii o sentir...
Ontem a dor foi pela frase: eu esqueci que te chamei. Eu esqueci de você. Eu esqueci.
Confirmei com uma amiga psicóloga: de fato, está tudo bem ter doído muito mesmo. Ser esquecida dói. Não ser lembrada, Machuca.
E aí veio a tona toda a "falta de consideração" já vivida: você não cumpriu minhas expectativas como amante oficial. Como ousas?!?! Não veio passar a tarde comigo - o qual rolaria dentro do meu limite. Não me chamou pra sair no final de semana - o qual eu iria - dentro do meu limite. Não segurou a onda pra vir ficar comigo em casa na festa da L., onde eu iria te beijar muito - até o meu limite. D, você durou muito pouco dentro dos meus limites. Eles eram estreitos demais pra tanto carinho. Eu te queria mais um tempinho por perto, para seguir ignorando coisas que tenho que pensar. Confesso que perder essa distração pesou, e muito. Gostaria muito de só seguir tentando te inserir num espaço que não era seu, ignorando que esse espaço deveria seguir vazio, para que eu pudesse sentir o que tinha tenho que sentir. Me senti tão sozinha e abandonada quando você disse que não iria mais existir. Me senti traída, sinceramente. Por quê? Se eu não te queria por inteiro. O que eu queria de fato era te acessar, te descobrir, e depois eu ia te largar. Eu sabia disso. Ainda bem que você se ama, se escuta e se entende. Te invejo por isso. Invejo muito sua capacidade de impor limites, mesmo que sejam limites que você não gostaria de seguir. Senti vontade de dizer que te amo. Eu te amo. Obrigada pelas sensações. Obrigada pela aprendizagem. Pelo espaço para sentir. Para falar. Para existir. Obrigada. Você é importante. Não tem razão nenhuma para estarmos bravos, mas obrigada até por ter sido assim. É mais fácil. Gosto muito de você. Sou sua fã :) e vou continuar sendo, mesmo que escondidinha, vibrando aqui de trás. Você merece o mundo. Eu sou muito pouco para você e que bom que você sabe.
03/05
Sexta-feira eu vivi como se eu tivesse levado um tiro. Eu não fui capaz de sentir mais nada, apenas a sua falta. No sábado, flutuei como se eu nunca mais precisasse reagir a nada. Mexi meu corpo, dancei, chorei. Te pensei com carinho mas, logo depois, dei um jeito de te demonizar. Levei outro tiro no peito, me senti abandonada, esquecida, traída. Te odiei muito. Chorei a dor de ter me sentido uma idiota, de ter dado mais do que deveria, de ter feito tudo errado. Chorei a dor de não saber para onde levar meu afeto, para onde levar meu caminho, para onde levar minha direção. Chorei a dor de não ter mais minha dose de atenção, de carinho, de abraço. Chorei, chorei muito. Domingo eu te guardei no bolsinho da frente da camisa e sai dançar. Dancei, sorri, abracei. Voltei pra casa para dar um tiro. Como eu não ia ter uma dose de você naquele dia, eu precisava de uma dose de alguma coisa. A cocaína me abraçou. Eu gostei, gostei muito, não vou mentir. Parece que eu preciso sempre de uma dose de algo que me distraia da vida. Que me distraia do existir. Que me distraia dessa brincadeira de mal gosto que é estar viva no planeta Terra. Sinceramente, eu sempre odiei viver. Sempre odiei estar viva. Eu sei que eu sou uma ingrata de pensar isso com todos os ovos do meu cesto cheios, mas é a realidade. Eu sempre fui uma suicida, eu sempre quis morrer, eu sempre busquei desesperadamente uma desculpa para continuar aqui. Quando meu pai pulou, eu tive a certeza: se ele não fizesse, eu faria. Digo até hoje que ainda não sei se farei, sinceramente não tenho como afirmar. Eu espero que não. Espero sair viva dessa vida.
03/06
Esse é o último texto que eu vou fazer. Até porque percebi algumas coisas. Algumas coisas que me chamam bas-tan-te a atenção. Coisas sobre mim, claro, mas dessa vez coisas sobre você também. Finalmente eu consigo tirar um pouco do peso disso tudo de mim. Talvez seja difícil fazer isso porque eu busco, eu almejo, eu desejo, eu necessito aprovação. De toda e qualquer pessoa. Acabo aceitando qualquer lixo de atenção, de qualquer pessoa que não significa nada. Caralho, claro que você significa. Você me endeusa. Por isso você é tão importante pra mim. Por isso sua atenção e carinho são valiosas para mim. Agora eu entendi!
Nem tudo é tão bonito quanto eu gostaria e imaginei que fosse. Como a minha prima, eu acho que tenho uma síndrome de Disney, transformo todas as situações numa comédia romântica, onde às vezes é só um cômico trágico mesmo. Flori nossa relação de uma maneira bem pessoal: ótimos amigos, que se amam, que se querem bem acima de qualquer paixão carnal que não pode acontecer. Eu queria acreditar nisso. Eu queria viver isso. Mas aí, fui presenteada com o dia de hoje.
Não senti sinceridade em você hoje e isso foi ótimo. Eu coloc(ava)o minha mão no fogo por você, como te disse inúmeras vezes, inclusive ontem. Agora, dentro de mim, o jogo virou. Deixa comigo, aquela menina gostosíssima que eu passei teu pano, vai saber disso.
Recomeçamos a conversa ontem - por minha iniciativa. Não tem problema. Falei do meu final de semana, dei a entender um beijo, você me perguntou sobre. Ignorei, você insistiu. Contei por cima. Você veio com a sua cartada e ela era óbvia: se eu estou saindo com outras pessoas, você também deveria estar e eu precisava saber disso. Eu não te perguntei sobre ela, eu não te perguntei sobre seus contatos, assim como você me perguntou. Mas você quis dizer do mesmo jeito, dei um jeito de entrar nesse assunto comigo. Depois, você me perguntou se tudo bem falar disso. E, sinceramente, como eu já havia passado pela dor de saber que você estava com outros afetos, tava tudo bem sim. Eu tô cansada de sofrer por algo ínfimo. Não doeu como doeu saber da menina de São Paulo (outro dia em que eu também estava com outra pessoa e você fez questão de me mostrar suas outras pessoas. Olha só. Seria esse um padrão que eu só enxerguei agora? Estaria você sutilmente jogando comigo desde o começo e só ficou explícito agora? Caralho, sim. Caralho, eu não posso ir na sua melhor festa porque óbvio que eu preciso perder algumas coisas não estando de casal com você. Óbvio que eu preciso sofrer. Caralho, tudo faz sentido agora. Todo meu sofrimento foi premeditado por você. Talvez não todo, mas alguns deles sim. Será que você esqueceu mesmo que me chamou pra aquela festa no sábado, ou você só me falou isso porque sabia que ia me machucar?...). Meu olhar por você mudou. Agora eu senti.
Veio o pulo do gato. Eu já tinha percebido que você quer me mostrar que está com outras pessoas quando eu estou com outras pessoas também. Mas na hora em que eu disse que não achei legal você ter me contado isso justo no dia que eu levei um fora e eu estava machucada, você nem comentou sobre. Você nem pediu desculpas. Você sabia. Você disse isso pra me machucar. Você queria me machucar, pois eu te machuquei te rejeitando. Dizendo que não queria ficar com você de casal. Você quis me machucar intencionalmente. Agora eu entendi. Todas as vezes em que você se sentiu rejeitado por mim, você fez questão de me machucar de volta. Eu não tinha notado que era intencional, mas agora eu notei. Agora eu notei e agora eu estou em paz.
Te disse ontem mesmo: às vezes as pessoas se aproximam na maldade mesmo. E olha só, essa afirmação estava mais mais próxima de mim do que eu imaginava. Era você. Você se aproxima de mim nesses assuntos na maldade. Você me cozinha e quer me deixar em banho maria porque não tem coragem de abrir mão de uma grande gostosa com esse match incrível que a gente tem. Mas você quer me machucar como eu te machuco.
Um beijo meu querido. Se cuida. Sucesso pra você. Espero que tudo dê certo pra você. Mas alguém como eu, realmente, você não vai encontrar. E você nunca, NUNCA, me teria como queria ter. Você não tem o estômago e a sinceridade pra isso.
Agora, seria muita idiotice e ansiedade te abrir todo esse jogo. Te jogar na cara, cortar a relação. Isso eu não vou fazer, muita perda de energia em algo que não seria bom pra mim. Vou pensar sobre como administrar você sabendo tudo que eu sei agora. Toda sua maldade frente a mim.
Brick lane.
Txu txu - lewis ofman remix - nossa música, que inclusive resume bem bem bem nossa história. Tem um chamado chamando pra tocar a música, o trem ele chega, a música vem de fininho (conversas) e dizemos "tá bem"(bora se ver)... Começa o tralali tralala sem nada pesado por trás (primeiro encontro). Já no segundo tralali a batida fica bem mais densa e ritmada (os próximos encontroz). Várias batidas bem pesadas como gotas e depois uma nova batida de pratos ritmada mostram o mês de relação regular(tá bem + densidade atrás sem ser observada 0:55 bem bonitinho e depois é só peso e densidade). E depois entra a história com a letra = batida densa, batida feliz, mostram o ritmo e a densidade da relação, por vezes tranquila e alegre, por vezes a pior coisa que eu fiz na minha vida. A letra ---- eu peguei o trem , ele tava aqui. Foi todo um cenário do meu lado pois ele tava lá. Pra onde você vai? Pois eu vou lá também.... No peito tá tudo txu txu. Foi o destino que mandou. Um galo (machucado) apareceu. Inferno, vai tomar no cu.
E o quanto eu sofri no termino ouvindo phenomena - David agust.
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