Às vezes, é só questão de viver mais mesmo.
Eu.Nomadiando
Nômade 01. 11.02. Aula de Anatomia Cerebral - FMU. 23 anos. Homem. Branco. Brasileiro. Homossexual, num novo relacionamento, cabelo longo, castanho, estatura pequena-média. Ansiedade escapando pelas vias de: comunicação íntima com desconhecidos, choro, busca de respostas para questões importantes em lugares externos e com pessoas desconhecidas. Suplica com e sem palavras por ajuda, escuta e respostas. "Preciso falar com alguém".
18.02 - segunda-feira 15:30h. FMU. Notável desânimo em relação à última semana. Comentou que teve um surto depressivo durante o fim de semana e que, sempre que tinha uma "discussão de relacionamento" com seu parceiro, sentia-se como se fosse "o louco" da relação.
(Eu amo minha família. A gente se escolhe todos os dias. Um dia, eu conclui que o amor caminha de forma perigosamente próxima do ódio. E não poucas vezes, podem até se confundir. Se estiver chorando de amor e de tristeza por alguém, confia. É amor.)
- Cheiro de comida do Florian - As histórias da Carlota - Os estudos de Psicologia - A espera pela Josefina - Os amigos no andar de baixo - O baseado bolado - O sorriso leve -
Nômade 02. 13.02 - quarta-feira 13h. Pinheiros / São Paulo. 22 anos. Mulher. Branca. Espanhola. Heterossexual. Num relacionamento longo, estável à distância. Pai faleceu há alguns meses, depois de 11 anos doente. Relacionamento familiar muito bom -> grande admiração pelo pai e afinidade e proximidade com a mãe. Alívio de ter vivido finalmente o momento esperado e temido (morte do pai). Sensação de poder seguir em frente.
18.02 - segunda-feira 10h - P1. Descobriu que a irmã escondia uma advogada na manga mesmo antes do pai falecer. Está confusa com a atitude da irmã - não sabe como encaixá-la na família e em sua afeição.
Nômade 03. 13.02 - quarta-feira 15.30. FMU. 18 anos. Mulher. Negra. Bissexual. Relação de afeto, carinho, cuidado, atenção dois pais - falou com alegria e orgulho = concluiu que o cuidado e afeto dos pais a tornou uma pessoa afetiva e romântica. Tentou se matar 05 vezes. Não tem (aparente) problema em falar abertamente sobre o assunto com desconhecidos.
18.02 - segunda-feira. 16h. FMU. Comentou que já teve bulimia, anorexia e hoje sofre de compulsão alimentar. Sua história com os transtornos alimentares começaram aos 09 anos de idade (com ênfase nos 15 anos - quando passou de anorexia a compulsiva). Comentou em aula sobre o assunto suicídio que, quando tentou se matar, nenhum pensamento específico se passou pela sua cabeça.
Mais um otário tentando provar-se inteligente e interessante por meio de preconceitos pobres não estabelecidos por ele. Next.
Sabe o que eu gosto em você? Você é verdadeiro. Não parece ter esse jogo de poder dentro de você.
O sexo deixa de ser poder e vira simplesmente prazer, união - sexo.
Eu tô preparada pra te ouvir?
(sinto falta de te ver delirando de sono)
Da despatologização do processo mental humano - da não transformação do ser humano em doença, patologia, ansiedade, dúvida. Da aceitação de, às vezes, apenas ser, sem peso.
Da não necessidade impositiva de uma análise médica. Muitas vezes, a minha própria análise é, e muito, válida. Confiar no que se é: também é uma terapia.
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